A soneca da tarde que ajudou Keka aos 2 anos

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As maiores queixas dos pais frente ao sono infantil são que as crianças demoram para cair no sono, mesmo quando apresentam estarem com sono; outra reclamação é que as crianças acordam várias vezes durante a noite ou a criança acorda muito cedo; e outra problemática que nem sempre é relatada pelos pais, mas é possível observar que ainda é constante na realidade das famílias, pela falta de conhecimento, são as sonecas diurnas. Algumas crianças têm dificuldade para dormir durante o dia. Os pais acabam por deixarem elas sem a soneca com o pensamento que se elas não dormirem durante o dia, sentirão mais cansadas e daí será mais fácil para cair no sono. Foi exatamente isto que Suzana, mãe de Keka, pensava e hoje falaremos sobre a importância da soneca, bem como a forma ideal de implantá-la na rotina da criança.

Como compartilhamos no último relato do caso, a queixa principal de  Suzana era que Keka estava com dificuldade de dormir e acordava aos gritos durante à noite. Logo no primeiro encontro, identificamos alguns problemas frequentes na criança que está com dificuldade de dormir: não desperta sozinha pela manhã; fica irritada, manhosa e nervosa durante o dia; dorme muito tarde; sempre dorme quando anda de carro; demonstra que “não gosta” de dormir e, por isso, “luta” contra o sono; e “desmaia” muito mais cedo em certas noites.

Era possível compreender, então, a irritabilidade e impulsividade, a falta de atenção e concentração, desânimo e desmotivação; a baixa tolerância à frustração; cansaço; apatia; esgotamento; deficiência de memória; baixo rendimento motor e diminuição dos reflexos; dores de cabeça e propensão a acidentes que Keka apresentava. Eram, justamente, comportamentos que sinalizavam uma necessidade primordial por trás: tempo adequado de sono durante o dia.

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Visto isto, Suzana agiu, relativamente, rápido a procura de um profissional da psicologia para que as consequências da provação de sono não se tornassem crônicas na primeira infância. Tais como falhas na coordenação motora; piora do humor; diminuição do raciocínio; diminuição da resistência a infecções e favorecimento de ganho de peso (neste caso, a privação de sono diminui a secreção do hormônio da saciedade, a leptina, e, por isso, a criança tende a sentir mais fome).

O que Suzana não sabia e a maioria dos pais também não sabem, frequentemente, é a quantidade de tempo médio que as crianças aguentam ficar acordadas e felizes entre as sonecas. No caso, Keka, aguentaria entre 5 a 7 horas acordada segundo a sua idade de 2 anos e o que reforça, claramente, que a ausência de soneca era um dos pontos deficientes na rotina dela no passado.

É importante observarmos também os estudos de revisão que a Fundação Nacional do Sono, nos Estados Unidos, em 2015, fez com mais de 300 pesquisas atualizando a recomendação de horas de sono/dia. O tempo, desta forma, que Keka necessitava era não estava sendo alcançado, segundo estas pesquisas que recomendam que de 1 aos 3 anos devem ser 11 a 14 horas por dia.

Além do mais, após auxiliar a mãe exercitar a virtude do autocuidado minimamente que seja, como vimos no artigo passado da história de keka, ofereceu-se à Suzana orientações da importância da soneca, além de trazer estratégias para construir este novo hábito na vida de Keka. Apesar de ser uma necessidade básica, nem sempre a criança sentirá sono e facilmente irá tirar o cochilo gostoso. Ao contrário, a criança, na maioria das vezes luta contra o sono na ânsia de querer brincar mais e isso se torna um desafio no dia a dia dos pais.

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Portanto, foi importante que trabalhássemos primeiro as capacidades fisiológicas e psicológicas de Suzana para que, assim, ela pudesse ter perseverança e força para mudar a rotina de Keka. E todo pai e mãe sabe que implantar um hábito diferente na rotina da criança não é uma tarefa fácil, precisa de muita virtude da paciência, resiliência e sentimento de aprendiz.

Mas este caso ainda não acaba por aqui, no próximo artigo falaremos sobre o desejo da Keka de apenas aceitar dormir com a mãe, apenas a mãe fazê-la dormir, a famosa cama compartilhada e quais foram as nossas recomendações para a família de Suzana. E se tiver mais alguma dúvida referente as informações deste artigo, coloco-me à disposição para te responder nos comentários aqui do site.

Quem é Jéssica Bicudo

Desde o início da faculdade já sabia que queria ser psicóloga infantil. E nessa abordagem, a transpessoal consciencial, tive a oportunidade de fazer terapia desde bem nova e pude olhar para o mundo de outra maneira. Através dela, também pude transformar outras famílias, assim como a minha também foi transformada.



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